Pela terceira vez, Enem 2011 usará a TRI, e estudantes com o mesmo número de acertos nem sempre terão a mesma nota
- O Enem é uma prova nacional em que a nota máxima nunca é dez. Ela é variável, de ano para ano, em uma escala que vai de 0 a 1.000 pontos. Tudo porque, desde 2009, é utilizada a Teoria de Resposta ao Item (TRI) no cálculo da pontuação final.
A prova é longa, mas o tempo é curto para responder cada item
De acordo com o percentual de erros e acertos em cada item na fase de testes, o peso das perguntas pode mudar. É por isso que dois candidatos podem ter o mesmo número de acertos, mas não conseguir necessariamente uma pontuação final igual. As questões possuem pesos diferentes: as mais fáceis valem menos, e as mais difíceis valem mais. No entanto, essa determinação é feita através de um complexo cálculo estatístico. Então, não adianta tentar descobrir qual é qual.
Para Carlos Brenner, professor de matemática e coordenador de vestibular do Colégio Notre Dame, em Ipanema, a única preocupação dos estudantes deve ser fazer o maior número possível de questões maximizando o tempo.
- Na hora do exame, é importante não ficar horas em uma questão em que encontre dificuldade. A prova é longa, mas o tempo é curto para responder cada item. Porque apesar de ser difícil para ele, a pergunta pode valer menos do que outras em que tenha mais facilidade - afirma.
Com base na TRI, o Inep calcula as notas dos estudantes em cada uma das quatro grande áreas: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. A soma dessas notas é dividida por quatro, e daí sai a média das provas objetivas.
Esse resultado é somado com o a nota da redação e dividido por dois, dando origem à chamada nota global. Assim, a redação vale metade da nota global. Esta é a utilizada pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Ministério da Educação.
Na hora do exame, é importante não ficar horas em uma questão em que encontre dificuldade
A principal finalidade da TRI, para o Inep, é que ela torna possível comparar o resultado de anos diferentes e estabelecer uma série histórica. No futuro, a ideia é que os estudantes façam provas diferentes entre si, em computadores, tal como já acontece no SAT, o Enem americano.
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