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domingo, 10 de julho de 2011

O Enem e as Novas práticas de Leitura/ Interpretação de texto: aspectos teóricos e práticos


O Enem e as Novas práticas de Leitura/ Interpretação de texto: aspectos teóricos e práticos
 
  Data/Hora: 10.jul.2011 - 7h 58 - Categoria: Educação       clique para ampliar
Nos últimos anos, o ensino de língua [seja ela Portuguesa ou Estrangeira] tem passado por inúmeras modificações. Com a publicação dos documentos oficiais [PCNs e OCNs], surge um novo enfoque com base em uma perspectiva textual e, sobretudo, contextual. O que ocasionou uma alteração nos parâmetros norteadores do ensino e, consequentemente, novas possibilidades de cunho metodológico para o ensino de língua e da leitura.

De acordo com (SANTOS, 2002, p. 30-31) “a partir da década de 80, deslocou-se o eixo do ensino voltado para a memorização de regras e nomenclaturas da gramática de prestígio, para um ensino cuja finalidade é o desenvolvimento da competência lingüístico-textual, isto é, o desenvolvimento da capacidade de produzir e interpretar textos em contextos sócio-históricos verdadeiramente constituídos”. Essa nova perspectiva tem sido adotada em diversos processos seletivos. As mais recentes provas do Enem e de vestibulares [em diversos estados] já trazem uma nova abordagem. Nessas provas, a leitura é alçada à perspectiva de atividade de Construção de Sentidos, o que abrange fatores linguisticos, sociais e estratégias cognitivas de leitura (KOCH & ELIAS, 2006).

Essa nova abordagem, pautada em uma perspectiva textual e contextual, requer que o leitor seja apto a compreender e interpretar diversos gêneros/ tipos de texto a partir de diversas estratégias de leitura. Um dos aspectos mais solicitados, nessas provas, refere-se ao ato de identificar o objetivo do gênero textual ou, também, a intenção e os propósitos comunicativos do autor. Além disso, o leitor é levado a trabalhar com os diversos aspectos do gênero/ tipo textual, ou seja, fatores internos e externos, tais como: a data da publicação, o veículo onde foi publicado [r evista, jornal, livro, site, etc.], o título do texto. Todos esses aspectos textuais auxiliam na compreensão textual. Outro aspecto que não poderia de ser abordado neste texto refere-se ao fato de o leitor ser estimulado a mobilizar seu conhecimento de mundo durante o ato da leitura. De acordo com Koch &Elias (2006, p. 39), nesse processo, “o leitor mobiliza vários tipos de conhecimentos armazenados na memória”. O primeiro deles, o linguístico, que engloba os conhecimentos relativos ao vocabulário (léxico) e à gramática. O segundo, o conhecimento enciclopédico, que abrange o conhecimento de mundo, oriundo de vivências pessoais. A junção desses conhecimentos leva o leitor a formular hipóteses, fazer antecipações, remeter a outros textos e a episódios sócio-históricos da realidade brasileira, conforme sinalizam Koch & Elias (2006) no seu livro Ler e compreender: os sentidos do texto. Um exemplo que pode ilustrar todas essas questões abordadas neste texto é a charge acima.

Nessa charge, é realizada uma crítica à postura da então candidata à Presidente da República, Dilma Rousseff, durante o primeiro debate do segundo turno.  Para que o leitor perceba o objetivo do gênero textual em foco [tecer uma crítica], é necessário que ele que se utilize do seu conhecimento de mundo, o que remete ao episódio político. Além disso, é necessário que o leitor faça uso dos elementos internos e externos desse gênero textual. Por exemplo, o termo “focinheira” evidencia a crítica do autor em relação ao comportamento da candidata que foi considerado agressivo. Embora a charge não mencione o nome dos candidatos envolvidos neste evento, percebemos a intenção comunicativa do autor desse gênero em criticar a suposta agressividade da candidata do PT. E, a partir dos contextualizadores externos [a data da publicação], podemos inferir que a charge faz alusão a um fato político, ocorrido recentemente do contexto histórico do nosso país. Todos esses fatores refletem as novas práticas e estratégias de leitura, por meio das quais o leitor “é levado a mobilizar uma serie de estratégias tanto de ordem linguísticas como de ordem cognitivo-discursiva” (KOCH; ELIAS, 2006, p. 7).

Silvio Profirio da Silva
Aluno do Curso de Letras da Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE


  • Imagem disponível no Jornal O Paraná, Cascavel - Paraná, p. A2 - A2, 11/10/2010.
Referencias
SANTOS, Carmi Ferraz. A Formação em Serviço do Professor e as Mudanças no Ensino de Língua Portuguesa. ETD – Educação Temática Digital, Campinas, v.3, n.2, p.27-37, jun. 2002.

KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e Compreender: os Sentidos do Texto. São Paulo: Contexto, 2006

terça-feira, 5 de julho de 2011

Programa de inclusão de jovens urbanos será gerido pelo MEC


O objetivo da troca é atualizar, aperfeiçoar e expandir o programa
O Ministério da Educação passará a coordenar o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem Urbano), que tem como foco aqueles que não concluíram o ensino fundamental. O objetivo da troca é atualizar, aperfeiçoar e expandir o programa, até agora vinculado à Secretaria Nacional de Juventude.
O ProJovem Urbano foi instituído em 2005 para garantir a elevação da escolaridade, a qualificação profissional inicial e a inclusão cidadã dos jovens das cidades, promovendo a sua inclusão social.
Com uma abordagem pedagógica voltada para as vivências dos jovens que deixaram a escola precocemente, o ProJovem conta com a participação da sociedade civil, das universidades, de especialistas em políticas de juventude e gestores estaduais e municipais.
A transferência da coordenação do programa para o MEC pretende ampliar a abrangência, aperfeiçoar a execução e superar dificuldades, como a evasão significativa em algumas regiões. O objetivo é assegurar aos jovens da cidade acesso universal à educação.
O MEC assumirá as novas turmas no início de 2012. As turmas já iniciadas permanecerão com gestão da Secretaria Nacional de Juventude.  

Pró-Cotas alerta sobre a possibilidade do término das cotas raciais

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domingo, 3 de julho de 2011

TRABALHO DECENTE: O que significa??


Trabalho Decente é um trabalho produtivo e adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, eqüidade, e segurança, sem quaisquer formas de discriminação , e capaz de garantir uma vida digna a todas as pessoas que vivem de seu trabalho.
Os quatro eixos centrais da Agenda do Trabalho Decente são a criação de emprego de qualidade para homens e mulheres, a extensão da proteção social, a promoção e fortalecimento do diálogo social e o respeito aos princípios e direitos fundamentais no trabalho, expressos na Declaração dos Direitos e Princípios Fundamentais no Trabalho da OIT, adotada em 1998:
Seminário Política Geral de Emprego: necessidades, opções, prioridades
realizado nos dias 9 e 10 de dezembro de 2004

Responsabilidade Social - Responsabilidade Social

Responsabilidade Social - Responsabilidade Social

UFRJ acaba com o vestibular. Enem 2011 será a única forma de acesso.



O Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aprovou nesta quinta-feira a proposta do reitor Aloísio Teixeira para que 100% das vagas do vestibular 2012 sejam preenchidas pelo Enem 2011, através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Ministério da Educação (MEC). Além disso, o conselho decidiu aumentar a reserva de vagas destinadas para alunos de escola pública de 20% para 30%. Mas desde que a renda per capita familiar não ultrapasse um salário mínimo (R$ 545).

ENEM:

O coordenador de comunicação do Diretório Central dos Estudantes da UFRJ (DCE Mario Prata) e conselheiro do Consuni, Tadeu Alencar, votou contra a adesão total ao Sisu. Para ele, devido aos problemas dos últimos anos, a decisão seria precipitada. Tadeu ressaltou, entretanto, o aumento do percentual destinado às ações afirmativas.

"Votamos contra a adesão total. Porém, propomos a reserva de vagas de 50% para egressos de escolas públicas. A proposta da Reitoria era 20%, pressionamos, e conseguimos 30%. Somos contra o vestibular tradicional da UFRJ, é um funil muito ruim, mas o Enem/Sisu também não é o modelo ideal. É precipitado dar todas as vagas para o Enem/Sisu, ainda mais pelo histórico de problemas", afirmou.

No vestibular deste ano, a universidade ofereceu 9.060 vagas, sendo que 40% delas foram preenchidas pelo vestibular tradicional, 40% por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação (MEC) e 20% também pelo Sisu, mas para candidatos optantes pelo sistema de cotas.

Este ano, o Enem será realizado nos dias 22 e 23 de outubro. A prova é composta por uma redação e 180 questões de múltipla escolha nas áreas de Linguagens; Códigos e suas Tecnologias (incluindo redação); Ciências Humanas e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Cada prova é composta por 45 itens.

A divulgação dos resultados está marcada para o dia 4 de dezembro. A divulgação do resultado final, com a correção das redações, acontece em janeiro de 2012.

Da Agência O Globo

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